Coloque um camundongo em uma rodinha e ele vai correr por horas a fio. A pergunta é: mas por que ele faz isso? Para perder peso? Provavelmente não. Ele acha que está indo a algum lugar? O camundongo corre, coloca a cabeça para fora da roda, olha ao redor e, depois, volta a correr. Ele não chega a lugar nenhum, mas isso não parece incomodá-lo. Simplesmente continua correndo. E não reclama. Se sente algum tédio, não deixa transparecer.

Por que nós, seres humanos, não somos mais parecidos com os camundongos? Por que ficamos tão entendiados quando corremos sem sair do lugar numa esteira? Nota de Alice: Mais ainda, por que temos tanta preguiça de levantar e sair pra correr, seja numa esteira ou na rua? Por que não temos vontade de fazer isso, por que temos que nos obrigar?

A psicologia evolutiva dá algumas respostas. Essa área de estudo analisa a história natural da espécie humana e questiona como as adaptações feitas por nossos ancestrais distantes podem nos afetar hoje. Para o bem ou para o mal, nós temos muitos traços daquele tempo, físicos e mentais. E nosso cérebro de "homens das cavernas" não está muito adaptado à corrida na esteira. Nota de Alice: Ou à corrida sem objetivo de curto prazo como será explicado em seguida.

Tente imaginar nossos ancestrais, talvez há 250.000 anos. O mundo era difícil e competitivo e havia pelo menos dois motivos pelos quais eles talvez praticassem um pouco de corrida: um era caçar o jantar; o outro, evitar ser transformados em jantar. Hoje nosso jantar já foi caçado e vem embalado, e não há ninguém tentando nos transformar em banquete. Correr virou esporte.

(...)A segunda diferença são as metas. Antigamente elas eram claras e podiam ser prontamente alcançadas. Matar um animal significava ter jantar. Hoje as metas em relação à atividade física tendem a ser mais abstratas e não têm feedback imediato (além da liberação de endorfina e consequente bem estar). Perda de peso? Treinamento para uma maratona? No dia a dia, esses resultados são praticamente invisíveis, podem demorar meses para aparecer. (...) É como imaginar o homem das cavernas fazendo um grande esforço para abater um mamute e esperando quatro meses para comer. Nota de Alice: No nosso caso, até mais de ano!

Li essa reportagem de Hank Davis e Ana Paula Alfano na revista Runners e lembrei imediatamente da minha dificuldade (e de praticamente todos nós) para incorporar a atividade física no dia a dia. O foco da reportagem é o tédio envolvido no treino de corrida em esteira, mas o conceito pode ser facilmente extrapolado. É por isso que pra nós é tão difícil! Não é fácil fazer um esforço originalmente associado com recompensa imediata (sobrevivência), com a realidade atual na qual temos que esperar meses para ver a recompensa que queremos (a perda de peso). Foi aí que tive uma ideia! Fazer como os homens das cavernas, correr pra pegar o jantar!

A corrida (ou outra atividade física) nos rende pontos extras, certo? Então que tal se associarmos a ideia de que aqueles pontos são o nosso jantar e precisamos "pegá-los" pra poder comer? Acho que pode funcionar! Hoje mesmo eu acordei super preguiçosa, sem saco nenhum de ir correr. Mas pensei "eu preciso caçar o jantar", levantei da cama e fiz minha corrida! Ganhei 5 pontos para o jantar rsrsrs. Acho que a ideia pode funcionar!

Postado originalmente em www.dietaesaude.com.br em 28/06/2013 23:17

Que situação ridícula... Estou tendo uma crise de compulsão alimentar imaginária. Sim!! Imaginária!! Isso porque eu não estou me permitindo ceder a ela e torná-la real, mas que da vontade da.

Nos últimos dias tenho sentido uma fome IMENSA. Acabo de comer e coisa de 1 hora depois já estou com fome de novo. Aí fico imaginando uma tigela bem grande cheia de miojo com o molho bem cremoso e eu comendo comendo comendo. Tudo na minha cabeça e a barriga roncando e eu lá pensando em comida. Ontem aqui no trabalho no lanche teve uns pães enroladinhos com recheio de queijo e presunto que o cheiro ia lá longe. E eu olhando pro prato e me imaginando comendo TODOS aqueles pãezinhos cheirosos, mas me segurei e não comi nenhum! Depois que eu pensei como deveria estar ridícula a cena de eu ali olhando fixamente pro prato de pãezinhos, babando igual cachorro na frente da padaria, só imaginando. E o ápice da minha crise imaginária acho que foi essa noite, em que sonhei que comia uma fatia imensa de brigadeirão e outra de pudim. E pior que no sonho mesmo já me deu aquele peso na consciência e eu pensava que não tinha mais o direito de escrever aqui no blog pro pessoal do D&S porque tinha "quebrado os meus votos". Hahahahaha. Pode? Comendo e tendo peso na consciência em sonhos! Só eu...

Nossa, é muito vergonhoso isso. Eu adoraria ter uma relação mais saudável com a comida. Mas o fato é que não tenho. Sou uma compulsiva em recuperação. Tipo as pessoas que tem problema com álcool, sabe? Mas no meu caso é comida. Não adianta eu tentar esconder isso, acho que admitindo fico um passo mais perto de resolver o meu problema e por isso o espaço aqui é tão importante pra mim. Porque em "outros fóruns" eu receberia logo a "etiqueta" de gorda maluca que come até não poder mais, mas aqui eu sei que há um monte de gente que me entende e sabe a dificuldade que é vencer esse problema.

Enfim, acho que estou melhorando, afinal estou pensando sem parar em comida mas pelo menos não estou comendo de verdade, né? Continuo firme e forte na minha RA e hoje ainda ganhei 5 pontos extras de exercícios (que não pretendo usar), mas que já me dão uma margem de manobra caso a situação fique mais difícil. Jaca zero, jaca zero, jaca zero é o meu mantra agora.

Postado originalmente em www.dietaesaude.com.br em 27/06/2013 21:19

Hoje foi dia de ir pra cozinha fazer um agrado pro meu amor antes dele viajar (homem se ganha pelo estômago kkkkk). Então preparei uma deliciosa Lasanha Mexicana, seguindo a receita da diva Nigella Lawson (com algumas pequenas adaptações de minha abusada autoria rsrs). Deram 4 porções grandes (veja o tamanho do pirex na foto) de 9 pontos cada, ou seja, uma refeição. Fez sucesso aqui em casa! :)

Primeiro fiz um refogado bem gostoso de alho, cebola e bastante cheiro verde (salsa e cebolinha) bem picadinho. Em seguida adicionei o molho de tomate, sal a gosto e uma pimentinha deliciosa que um amigo meu que fez (que aroma!). Reservei.

Peguei um pedaço de 200g de queijo tilsit e ralei no ralo grosso. Separei uma xícara e misturei o restante num pote com 250g de feijão cozido (só grãos) e 150g de milho.

Então em um pirex eu alternei camadas de molho, mix de grãos/queijo e fatias de massa de pizza de frigideira Massa Leve. Usei no total apenas 3 rodinhas de massa. Salpiquei o queijo que eu tinha deixado separado por cima e daí pro forno!

Receita original: http://www.nigella.com/recipes/view/mexican-lasagne-5315

Postado originalmente em www.dietaesaude.com.br em 17/06/2013 23:26

Menina que medo, acabei de comer um croissant de queijo. Era um croissant mínimo, bem pequeno, mas hidráulico! Quando vi fiquei até na dúvida se era um pastel (frito), mas era assado, era um croissant, mas o queijo coalho derreteu dentro e deixou a massa oleosa.

Enfim, era um croissant de queijo coalho, tão pequeno, mas está pesando a minha consciência a ponto de precisar de um guindaste! A sensibilidade da minha mão diz que tinha no máximo 30g mas minha consciência pesa como se fossem 30 toneladas. E 30 gramas de croissant de queijo têm 4 pontos!!! Deus me livre!!! Afff, agora vou ter até o fim do dia pra queimar isso. :/

Postado originalmente em www.dietaesaude.com.br em 08/06/2013 11:02

Se você não tem problemas com a sua, levante as mãos para o céu e pare agora mesmo de reclamar da vida. O que são algumas dívidas para pagar, um celular sempre sem bateria, um final de semana chuvoso? Chatices, mas dá-se um jeito. Nela não. Nela não dá-se um jeito. Para eliminá-la, prometemos cortar bebidas alcoólicas, prometemos fazer mil abdominais por dia, mas ela não acusa o golpe, segue com sua saliência irritante. A gente caminha, corre, sobe escada, desce escada, vibra quando nosso intestino está bem regulado, cumprindo suas funções à perfeição, mas ela não se faz de rogada, mantém-se firme onde está. "Mantém-se firme" é força de expressão. Ela é tudo, menos firme. Você sabe de quem estou falando.

Ela é uma praga masculina e feminina. Os homens também sofrem, mas aprendem a conviver com ela: entregam os pontos e vão em frente, encarando a situação como uma contingência do destino. As mulheres, não. Mulheres são guerreiras, lutam com todas as armas que têm. Algumas ficam sem respirar para encolhê-la, chegam a ficar azuis. Outras vão para a mesa de cirurgia e ordenam que o médico sugue a desgraçada com umbigo e tudo. Mas passa-se um tempo e ela volta, a desaforada sempre volta.

Quem não tem a sua? Eu conto quem: umas poucas sortudas com menos de quinze anos. Umas poucas malucas que acordam, almoçam e jantam na academia. Algumas mais malucas ainda que não almoçam nem jantam. As que nasceram com crédito pré-aprovado com Deus. E aquelas que nunca engravidaram, lógico.

As que ignoram totalmente sobre o que estou falando são poucas, não lotariam uma sala de cinema. Já as que sabem muito bem quem é a protagonista desta crônica (pois alojam a infeliz no próprio corpo) povoam o resto da cidade, estão por toda parte. Batas disfarçam, vestidinhos disfarçam, biquínis colocam tudo a perder.

Nem todas a possuem enorme. Cruzes, não. Às vezes é apenas uma protuberância, uma coisinha de nada, na horizontal nem se repara. Aliás, mulheres acordam mais bem-humoradas do que os homens porque de manhã cedo somos todas magras. Todas tábuas. Todas retas. Passam-se as primeiras horas, no entanto, e a lei da gravidade surge para dar bom dia. Lá se vai nosso humor.

Falam muito de celulite. Falam de seios, de traseiros, de rugas, de pés grandes, de falta de cintura, de caspa, de tornozelos grossos, de orelhas de abano, de narizes desproporcionais, de ombros caídos, de muita coisa caída. Temos uma possibilidade infinita de defeitos. Mas ela é que nos tira do prumo. Ela é que compromete nossa silhueta. Ela é que arrasa com a nossa elegância. Ela. Nem ouso pronunciar seu nome. Você sabe bem quem. Se não sabe, sorte sua: é porque não tem.

Postado originalmente em www.dietaesaude.com.br em 08/06/2013 08:00

Pessoal, hoje tive uma ideia muito legal e gostaria de compartilhar com vocês.

No lanche da tarde aqui na sonda hoje foi servido cachorro quente. Aquele cheirinho gostoso no ar... hmmmm... Eu pensei logo: "caraca, preciso resistir!". Foi então que eu tive uma ideia - um cachorro quente "falso"!

No pão de cachorro quente coloquei um pouco de maionese light, milho, ervilha e molho de tomate. Apenas 3 pontinhos e fiquei ali junto de todas as "pessoas normais" lanchando um cachorro quente que ninguém viu que era falso. Adoro quando ninguém percebe que estou tentando emagrecer. Se tivesse um queijinho ralado ficaria ainda mais gostoso e não acrescenta tantos pontos assim. Pra mim valeu muito a pena!!!

Beijos a todos e bom fim de semana!

Postado originalmente em www.dietaesaude.com.br em 07/06/2013 15:40

Gente! Estou até me sentindo magra kkkkkkkkk Acabei de lanchar chá de capim cidreira com biscoito cream craker (sou carioca e me recuso a chamar de chá com bolacha rsrs) e pela primeira vez na minha vida fiquei satisfeita com apenas isso! Sempre achei bizarro que gente magra lanche um chá com cream cracker e fique satisfeita. Mas hoje aconteceu comigo! U-huuuu

Hoje minha cota diária de pontos reduziu de 35 para 30 pontos. Fiquei apavorada. Como viver com 5 pontos a menos todos os dias? Mas a julgar pelo efeito do chá com biscoito começo a achar que meu cérebro está emagrecendo e que não vai ser tão difícil assim.

Que maravilha, me sinto DIVA! :)

Postado originalmente em www.dietaesaude.com.br em 03/06/2013 16:43

Gente! Hoje o mais implacável dos inimigos resolveu me ajudar. O brigadeiro!

Esse delicioso e traiçoeiro inimigo da dieta, com aquela carinha doce que parece que te chama pelo nome e diz "vem cá, me prova só um pouquinho, eu sou tão delicioso". Pois é, acreditam que esse danadinho sem vergonha hoje resolveu me ajudar? AJUDAR. Inacreditável, não é? Pois vou contar...

Estava eu fazendo meu trabalho e morrendo de fome (ou vontade de comer, sei lá) aqui na plataforma. Um estresse danado, mil coisas pra ver e minhas carinhas vermelhas e nervosas por estarem faltando salada e frutas no refeitório desde ontem.

Eis que um maldito (só falando assim) me faz uma tigela de brigadeiro de colher e leva pra minha sala. E deixa lá, atentando o meu juízo. Eu trabalhava com um olho na tela e outro na tigela. Nossa, que coisa de gordo, mas não posso deixar de admitir, essa sou eu. Finalmente não resisti, fui lá e peguei uma colherinha. Noooooossa, que delícia. O delírio do brigadeiro. Como algo tão simples pode ser tão bom?? Nesse ponto a caca já estava feita e comi mais 2 colheres compulsivamente. Foi aí que eu me freei e disse NÃÃÃÃÃO. Tenho que me manter na minha RA!!!!! E agora, preciso fazer alguma coisa!!!

Estava há exatos 17 dias sem fazer exercícios. Cada dia me dei uma desculpa diferente e fui empurrando com a barriga. Mas o brigadeiro pôs fim na procrastinação! Me vi sem saída e a única forma de salvar meu dia seria indo pra academia queimar o bendito brigadeiro. E foi o que fiz. Venci 17 dias de inércia, fui pra academia, caminhei e corri e joguei fora o brigadeiro ameaçador. E como saldo fiquei com o ânimo renovado pra voltar a frequentar a academia todos os dias. Nada mal para um brigadeiro, não é?

Postado originalmente em www.dietaesaude.com.br em 01/06/2013 21:51